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Amor real ou Amor ideal?

  • Foto do escritor: Fernanda Barros
    Fernanda Barros
  • 28 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

“O desejo de ter alguém para compartilhar os momentos da vida era grande, uma busca incessante de ter alguém para chamar de “seu”, perdida na inebriante busca pela pessoa perfeita idealizada, o encontro ficou cada dia mais distante.”

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Aprendemos que só é possível ser feliz quando encontramos e vivenciamos um romance com a pessoa ideal. A desilusão é inevitável quando percebemos que o outro é real e não aquela personificação que fantasiamos, provocando mágoa, ressentimento e em muitos casos culpando o outro por não ser a nossa fantasia ideal.


Culpa – a culpa não é de ninguém, apenas nos iludimos quando usamos nossa criatividade para criar uma persona que atenda todas as nossas expectativas. Crescemos sonhando com o dia que iremos nos apaixonar, namorar, casar e ter filhos com esse grande amor.


Aí nos apaixonamos, nutrimos algo para manter a ilusão de sermos completados, cobrando que o outro seja perfeito para nós e que sejamos perfeitos para o outro.

Quem não gosta de ver um filme, série ou novela que tenha um final feliz??


Por muito tempo eu odiava filmes que não tinha um final feliz, pra mim todo final tinha que ser feliz, assim eu nutria meu ideal de felicidade. Agora, fico pensando que alguns finais em que os casais não ficam juntos pode ser felicidade para eles, mas para mim assistindo toda aquela produção, era decepcionante. Eu me lembro de esperar ao final do filme a frase “e viveram felizes para sempre”, era um sopro de esperança de algo que eu nem conhecia, mas cresci com essa ideia. Talvez muitos de nós crescemos com um ideal de felicidade ligado ao “para sempre” e as vezes a felicidade está em um vínculo cortado, em um distanciamento.


Um dia desses ouvi um comentário sobre um cachorro adestrado “nossa, melhor que muita gente”, e é isso que muitas vezes queremos, relacionamentos adestrados que atendam as nossas expectativas e nos esforçamos muito para atender as expectativas do outro. O desejo de encontrar alguém, de ter essa pessoa para compartilhar a história, a vida é uma busca que pode ser exaustiva quando focamos em “encontrar alguém” que fantasiamos que exista.

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Não desista do amor – Aqui não estamos falando sobre desistir do amor e coisa e tal. Estamos refletindo sobre amores ideais.


Se queremos encontrar esse amor, por onde vamos começar??

Por nós mesmo! Quebrando toda essa construção de amor ideal, porque afinal de contas somos humanos, e o amor precisa ser humano para se sentir de forma real. Não precisamos nos adequar ao mundo do outro e não precisamos que o outro se adeque ao nosso mundo, precisamos nos relacionar de forma saudável, sem pressão, sem peso, sem cobrança, apenas relacionar de forma leve, com diálogo e com tudo que traz bem estar para todos da relação.


Não estou dizendo que é algo simples ou fácil, mas que é possível viver um relacionamento saudável. Viver esse relacionamento se torna possível quando compreendemos nossos limites, nossos defeitos, manias, nossas dores, nossas angústias, nossas fragilidades... quando nós conhecemos e entendemos quem somos, a construção de uma relação saudável se torna um pouco mais fácil.


E ai?! que tal tentar construir esse caminho?


Um abraço,

Fernanda



 
 
 

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